EU VENHO DE LONGE
Eu venho de longe, eu venho de lá
De uma época que não é a de agora
De uma vida sofrida e tão comprida
Que só o canto é o que consola
Desde os meus tempos de menino
Vejo a vida ser exterminada
Meus olhos cheios de lágrimas
E o corpo sem força para nada
Mas eu tenho a minha poesia
E com ela eu insisto em falar
Verdades inquietas que incomodam
Para que a sociedade possa mudar
Eu venho de lá, eu venho de longe
Trago nas mãos o peso dos dias
De uma época que não é a de agora
Semeando amor e fechando feridas
Desde os meus tempos de menino
Vejo minha gente ser maltratada
Fecho os meus olhos e a alma viaja
Minhas mãos cansadas e calejadas
Mas eu tenho a minha poesia
E com ela eu insisto em falar
Verdades inquietas que incomodam
Para que a sociedade possa mudar
Emerson Sbardelotti
09 de fevereiro de 2014
16:06
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